terça-feira, 20 de janeiro de 2009

de repente; permanente; para sempre.

os dias passaram. sumi. corri do sol, da lua. fugi do tempo.
natal, ano novo. promessas.
descobertas, diria.
andei pelo mundo, procurando, observando.
o quê? nem mesmo eu sei. mas a cada dia vi e senti o coração mais aliviado.
não, não. não pense você que fiz aquelas juras à meia-noite.
não é do meu feitio. apenas deixei para trás tudo que um dia me machucou.
larguei. des(a)prendi.
descobri o quanto é bom dirigir de madrugada escutando The Strokes.
o som que preenche o carro enquanto o farol corta a escuridão da estrada.
descobri o doce e amargo de cantarolar Elis Regina.
e pude sentir sangrar o peito com Maysa.
fora as melodias, descobri o quanto é gostoso aquele abraço esperado.
e o quanto é bom não esperar por nada.
e o quanto é bom fazer tudo.
me envergonhei e me senti a mais preguiçosa do mundo com as novas regras da nossa língua.
apesar dos poucos dias, sei que esse ano será diferente.
já disse, não discuta. não é mandinga.
é só um palpite.
afinal, se alguma coisa tem que mudar não é apenas o número atrás do 200(9).
mas, não posso dizer que sou outra.
apenas deixei meu coração mais leve e a mente aberta.
afasto o caos com meu descaso.
de repente, voltei.
por uns dias, não sei.
mas, não abandonarei aqui. nada é permanente.
e minhas palavras nunca me deixam...
são para sempre.