sexta-feira, 5 de setembro de 2008

LEIA SEM MODERAÇÃO...


ele entrou distraído. abriu a porta, passou reto pela sala e foi direto ao quarto. estava suado, camiseta molhada, grudada em seu corpo que já não é tão definido como antigamente. mas sempre foi um homem atraente. ela também não havia notado sua presença na casa. estava com uma camisa que provavelmente era dele, calcinha, cabelos presos desajustadamente, brigadeiro nos dedos e um romance na tv. quando ele estava indo ao banheiro, sem camisa, só de cueca e toalha nos ombros que ele a viu. ela estava delicadamente linda, devorando a tigela e chupando os dedos sujos de chocolate. resolveu parar no corredor e a observar. há tempos não a via tão bonita. ela começou a sentir a presença de alguém na casa. olhou para trás e lá estava ele. ficou sem graça, se ajeitou no sofá e sorriu. ele não teve reação alguma. estava encantando por aquela mulher. sentiu-se envolvido pela bela silhueta e pela naturalidade que a rodeava. ela parecia não se importar com a presença de um homem de cueca na sua sala, nem com o seu traje nada comportado. ela se levantou e foi em sua direção. ele continuou parado, com o olhar fixo naquele corpo sexy. com toda espontaneidade, ela parou em sua frente e perguntou - você quer brigadeiro? está uma delícia... ela sujou os dedos com o chocolate e deu para ele. olhou bem em seus olhos e aproximou a mão da boca dele. mãos e bocas se encontram. ela tem um jeito sexy de olhar. o envolve devagar e o beija. um beijo intenso, sedutor. mãos escorregam, deslizam por corpos estranhos. o jeito como ela o toca vai enlouquecendo seus sentidos. ela se arrepia; se deixa arrepiar... ele a encosta na parede. segura suas pernas a passeia pela sua pele branquinha. beijos se espalham pelo pescoço, seios e ombros. luxúria. tesão. desejo. dois em um. clichê. um ritmo. um movimento. quadris. olhos fechados. mãos cerradas. unhas escorregando pelas costas. mordidas. música. dança suave. corpos suados, cabelos desarrumados. amor. sem pudor. sem razão. toque delicado. transa. devagar. gostosa. cochichos ao pé do ouvido. vozes roucas. sons desconhecidos. gemidos. adrenalina. boca seca. respiração ofegante. sangue fervendo. sintonia perfeita de pessoas perfeitamente desconhecidas. química. coisa de pele. sem nome. sem telefone. sem hora. inconseqüente. inconscientemente consciente. conscientemente inconsciente. emoção sem rotina. sem posse. sem título. só emoção. macia. molhada. escorregadia. transbordada. emoção que não cabe em palavras. que não tem descrição.

5 comentários:

Daniela disse...

Lido e achado conforme... o coração férvido é mesmo um pouco de todos nós. Obrigada pela visita, volte sempre.

Jaqueline Lima disse...

Ahhh loira...
q texto excitante. provocante. aconchegante. e os corpos suados. como se nada fora dali importasse. e não importava!

Bjoooo

Germano Viana Xavier disse...

dois num amor feito afeito feito feição...

amor natural e bom.

Abraço, Sperb.

Anônimo disse...

Disse no final que não há descrição, mas vc descreveu como ninguém!!!
Adorei o texto!!!
Beeeijo, Carol!

Camilla Tebet disse...

Imagine se tivesse descrição hã? ele foi embora logo depois?