segunda-feira, 26 de maio de 2008

dia de morte.

quando vai chegando o fim do mês e junto aquela sensação bizarra de que tudo passou e você nem percebeu, sinto-me morta. claro, junto com tudo isso, pra piorar a situação, vem as cólicas, dores, tpm's e afins. ô bicho estranho que é mulher. podem ter tudo que mais desejam, mas sempre vão sentir falta de algo. nunca estão totalmente satisfeitas. e acho que é por isso que são mais valentes do que os homens. bom, mas isso realmente não vem ao caso, afinal não quero discutir os sexos (aliás, adoro ser chamada de sexo frágil, amo ser mulher, principalmente quando os homens se oferecem para carregar minhas malas, quando trocam as lâmpadas ou arrumam os chuveiros. é maravilhoso. essas cenas deveriam ser eternizadas). quero falar de mim. esse blog é meu e ninguém mais o lê mesmo, então vou falar de mim. fim de mês, para mim, é a pior coisa que existe. eu não trabalho, portanto não é por causa do falta de dinheiro. mas, por falar nisso, estou dura. acho que preciso de um emprego. não, emprego, não. odiarei, mais ainda, os finais dos meses. se bem que, odiar por odiar, antes com um salário na mão do que dura. vocês já pararam pra pensar quanto tempo perdemos planejando nossas vidas? sendo que, 90% dela acontece sem você sequer perceber. eu não, eu não penso nem planejo minha vida. tenho sonhos, algumas metas, mas nada que dê um rumo certo para meu destino. eu prefiro lembrar do que já passou; nostalgia é uma coisa gostosa. mas, também não perco muito tempo nisso, não. acho que minha vida acontece porque a deixo correr. e, a maior parte do tempo que eu penso em algo, não penso em nada. eu só quero uma coisa da minha vida, da minha existência: intensidade. e, mesmo quando eu juro pra mim mesmo que vou deixar de ser tão intensa, que vou ser mais fria, no fundo eu só desejo mais e mais intensidade. negar sua natureza é a mais burrice de um homem. eu muitas vezes o faço. mas é por pura vaidade e ódio. uma noite em claro e tudo volta ao normal. acho que vou ficar estática por um tempo; esperar as coisas acontecerem, as pessoas me encontrarem, ao invés de sair a procura de tudo. ou não. talvez. quem sabe.

3 comentários:

thiago roque disse...

como ninguém lê? eu leio, porra! heheheeh. beijo.

Nícolas R. Stainsack disse...

eu queria ser assim intenso,
porém não consigo.

Camilla Tebet disse...

Eu também leio.. mas preciso dizer uma coisa, talvez inoportuna. Estav lendo esse texto, do dia de morte e parece que estava lendo um texto meu.. de algum tempo atrás. Aí olhei no seu perfil, ver sua idade..E estou lendo mais e mais de vc e vendo mais e mais o meu texto na sua idade. Talvez isso nem te interesse e não faça diferença, mas precisava dizer. Questão de intensidade, sabe??