segunda-feira, 9 de junho de 2008

o encontro



ele a tocou suavemente. o dia cinzento e frio deixou seu corpo gelado. mas, as mãos dele estavam quentes. e quando ela sentiu o calor vindo delas, que passeavam pela suas costas como se estivessem descobrindo um novo lugar, arrepiou-se. ela adorava mãos. ela adorava suas mãos. ela adorava sentir suas mãos em seu corpo. e ele sabia disso. e parecia querer provocá-la quando a tocava assim. ela fechou os olhos e deixou que ele explorasse seu corpo. lentamente, no meio de um beijo, foi levando ela pro quarto. deitou-a, delicadamente, em sua cama. ela estava sem blusa, e ele então pôde ver seus seios delicados e sua pele branquinha. com um sorriso envergonhado, ela olhou para ele, convidando-o para se deitar ali. sentou-se ao lado dela e ficou observando aquele corpo lindo. passeou com as mãos, mais uma vez, por aquele lugar desconhecido. ela se deixou levar pelo toque. se beijaram por muito tempo. e após muitas carícias trocadas, fizeram amor. e depois, sexo. e depois, transaram. amor, sexo, transa. ele a olhava com ternura. e continuava deixando suas mãos passearem. seu cabelo preto, comprido e liso estava espalhado pelo travesseiro. ele podia ver o olhar dela de carinho. ela tinha olhos lindos, apaixonantes. os dois continuaram a se olhar. o sol foi escapando detrás das nuvens e sua luz começou a iluminar o quarto. ele dormiu e ela ficou abraçada a ele, sentindo sua respiração profunda. era tarde; ela precisava partir. sentou na cama, beijou seu rosto. juntou suas coisas e começou a se vestir. ela estava de costas quando ele acordou. e num gesto suave, ele a abraçou. ela esboçou um sorriso gostoso e ele beijo seu pescoço. ele pediu para que ficasse, mas ela disse que tinha de ir. foram caminhando até a porta. fitaram-se por mais alguns instantes. ele não queria deixá-la. ela não queria perdê-lo. beijaram-se um beijo de despedida. ela foi até o elevador. segurando a porta, ela falou:



- Eu juro que não foi nosso último beijo.



ele sorriu. podia sentir a mesma coisa. viu ela sumir pela porta que fechou. entrou em casa e sentiu um estranho vazio. em cima da mesa, viu um bilhete. "você tem mãos lindas". ele não sabia nada dela. mas, jamais esquecera aqueles olhos verdes. ela não o conhecia. mas guardou aquelas mãos para sempre. vários dias se passaram. a rotina tomou conta dos dois. até que uma manhã nublada, quando estava caminhando, ele a viu. era ela, tinha certeza. aqueles olhos verdes eram inconfundíveis. ela estava correndo rápido quando sentiu alguém tocar seu braço. seu corpo arrepiou. parou. sabia que era ele. se olharam, então. e sem dizer nada, se beijaram. o sol apareceu.



- Prazer, Ana.

- Eduardo.



apertaram as mãos. sorriram. e sem dizer nada, partiram...


seus caminhos não eram os mesmos. mas se cruzavam sempre. e o cinza dava lugar à luz.


2 comentários:

Camilla Tebet disse...

"fizeram amor. e depois, sexo. e depois, transaram. amor, sexo, transa." Quantas formas temos de ter amor e prazer não é? Todas essas e algumas mais que acabamos descobrindo.... E nem sempre os caminhos se cruzam na hora certa. Dizem que se quisermos encontrar alguém que perdemos num lugar determinado, devemos ficar onde estamos, pois a pessoa vai passar por lá de novo. Não acredito. Acho que quando perdemos alguém devemos rodar bastante, pra cabeça abrir e os olhos olharem pra outros cenários.
beijos

Jaqueline Lima disse...

Hey dofeee!!!

pois bem, um amor que mais se parece com paixão, fullgas e cheio de impulsos.
As vezes eh melhor por um ponto final, e ter novos mundos. Fazer novas descobertas traz novas e talvez melhores felicidades e prazeres!